domingo, 14 de junho de 2015

LEVANTA, BRASIL!

por Almir M. Quites


Estamos cabisbaixos, mas não devemos continuar assim.

Ainda que a propaganda ufanista do governo e dos partidos que o apoiam aumente e mesmo que os índices econômicos possam melhorar um pouquinho, não se iluda, o Brasil continuará vergonhoso. Os padrões éticos são vilipendiados permanentemente na administração pública, principalmente no âmbito federal.


Não se engane, o mundo inteiro sabe que o Brasil é um país corrupto. O que há de pior virou regra: a malversação do erário,  o roubo de recursos públicos, os benefícios e favores ilegais e espúrios, o reprovável espírito corporativista, o uso de cargos públicos como moeda de troca, as mentiras oficiais e uma infinidade de outras atitudes antiéticas. Os escândalos de hoje são absurdamente maiores do que aqueles que havia há 20 ou 30 anos atrás e vão aumentar muito mais, embora pareça impossível, se continuarmos tolamente passivos. Cresce na população o sentimento de impotência. Parecemos todos zumbis vagando indiferentes. Assim, fazemos um papel vergonhoso e não nos damos conta.

Os valores morais se apequenam, enquanto o sistema educacional se acomoda sob uma falsa reverência à liberdade, que escancara as portas da violência, inclusive na sala de aula e até contra professores. A criminalidade já atinge índices de selvageria. As drogas estão sendo consumidas por nossa juventude à luz do dia, mesmo nas escolas e universidades, desencadeando e avivando a criminalidade.

O poder legislativo transformou-se num balcão de negócios para os que se sentem acima da Lei. Triste é também a situação do Judiciário, que permanece precariamente apegado a técnicas ultrapassadas, suntuosos rituais e livre de controles internos e externos.

Se a democracia está sustentada nestes três delinquentes poderes, então nossa pátria ruirá.

Não espere pelos partidos de oposição, que também estão coniventes e confortavelmente acomodados; não espere pelos movimentos sociais. Seja você mesmo o agente da mudança. Basta divulgar ampla e intensamente a sua indignação pelas redes sociais. Faça isso em nome de seus filhos e netos.

Levante sua voz, pacífica mas energicamente. Desperte seus amigos e todos os zumbis deste país.

O brasileiro tem dificuldades para se perceber como vítima da corrupção. Ele a vê como algo distante de si. Parece que não consegue senti-la. Logo, precisamos descrever melhor como nós sentimos a corrupção. Para o brasileiro (talvez para todos os latinos-americanos), o drama político se apresenta como uma espécie de novela cujo enredo está relacionado a si mesmo na terceira pessoa e que o leitor ou telespectador observa de fora. Assim, as consequências se transformam numa série de metáforas anestésicas e anacrônicas, que lidam com fantasmas, que ninguém está disposto a materializar, racionalizar ou nomear. É como se fosse do reino da ficção, sem percepção sensória.

É preciso que enfatizemos as consequências concretas da corrupção. Como, por exemplo, que cada R$ 1,00 desviado pela corrupção representa um dano para a economia e para a sociedade de, pelo menos, R$ 3,00, conforme estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O não recolhimento de impostos e os empregos que deixarão de ser criados, por exemplo, entram nesta conta. Os fatores multiplicadores não podem ser ignorados. Isto afeta diretamente a cada brasileiro, afeta seus amigos e seus parentes. Todos empobrecem e morrem mais cedo.

Há ainda outros efeitos não contabilizados, por ser tarefa quase impossível. Por exemplo, o mau exemplo, que contamina honestos. Agentes públicos que exercem suas funções corretamente podem passar a agir desonestamente, em benefício próprio, ao perceberem as vantagens que os colegas desonestos obtêm. No mínimo, sentirá um grande desestímulo na profissão. Essa “contaminação” também pode acontecer por pressão: muitas vezes os honestos são ameaçados caso não concordem em fazer parte do esquema vigente. Some este efeito aos anteriores e entenda por que todos vocês viverão mais infelizes, mais pobres e morrerão mais cedo.

Os políticos não se preocupam em administrar o país, querem apenas aumentar o seu poder pessoal. Isto aumenta a burocracia (no mau sentido). O excesso de burocracia não apenas aumenta a ineficiência do Estado, mas também cria dificuldades que aumentam o preço da venda ilícita de facilidades. A ineficiência alimenta a corrupção e a corrupção alimenta a ineficiência. É um ciclo vicioso! Quantos cidadãos recorrem a um intermediário ("pistolão") ou a um despachante diante da dificuldade de ter acesso a um serviço público. Frequentemente esses despachantes subornam os servidores públicos para agilizar o serviço.




Pesquisas mostram que mais de 90% da população não se sentem representados por políticos. Como assim? Não é o cidadão que elege os políticos? Não sabemos. As urnas eleitorais brasileiras eletrônicas são inauditáveis. O eleitor aperta um botão e não sabe o que é feito do seu voto. O voto válido é secreto até para o eleitor, o autor do voto. A contagem dos votos no interior da urna se faz na escuridão de um software desconhecido, o qual é feito por pessoas desconhecidas e que não pode ser publicamente conferido no ato da votação. Só o Brasil usa este tipo de urna (tipo DRE). Além disso, o somatório dos resultados de cada urna é feito em rede privada, secreta (para os cidadãos). Não há como conferir o processo, nem como fazer prova de fraude. Tudo é escondido do cidadão. Quem pode saber se Dilma Rousseff realmente ganhou as eleições? Houve fraude? É mais provável que tenha havido, porque parece que todo o sistema eleitoral foi feito para esta finalidade. Leia mais sobre isso! Comece por este mini-conto

Nenhuma reforma política é mais urgente que o saneamento do sistema de apuração eleitoral no Brasil. Até plebiscitos podem ser fraudados. Num país de tantas mega-fraudes comprovadas, acreditar na contagem eletrônica e inauditável de votos é um erro fatal! Siga lendo mais sobre isso aqui: 

Mesmo em países mais desenvolvidos há corrupção, mas ela é perigosa tanto para o corrompido como para o corruptor. No Brasil existe um problema sério de impunidade. Aqui os corruptos se sentem seguros. A conta da corrupção é injustamente dividida entre todos os cidadãos!


POVO PASSIVO, GOVERNO ABUSIVO, OPRESSIVO, TRANSGRESSIVO E REPULSIVO!


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