sexta-feira, 17 de julho de 2015

CONFLITO POLÍTICO DENTRO DA IGREJA CATÓLICA

17/07/2015

A Igreja Católica é de esquerda?

Ser “de esquerda” não significa simplesmente uma preocupação com os pobres, com os marginalizados. Se assim fosse, não haveria problema algum em ser católico e simultaneamente ser de esquerda. O conflito existe porque, em teoria, a Igreja não aceita o ódio e não aceita a violência, nem a revolucionária. No entanto, na prática, há uma outra fé. Esta efervescência interna não é de hoje, mas de muitas décadas.

O que significa ser de esquerda?  Este conflito também existe aqui no Brasil?



Ser de esquerda, na verdade, não é só se preocupar com os pobres e com os problemas sociais. Este tem sido apenas um discurso demagógico, populista, o qual é falho, porque a história mostra que os políticos "de esquerda" sempre se agrupam numa conspiração comunista. Demagogicamente estes políticos sugerem que justiça social é não precisar trabalhar e viverem todos à custa do Estado. Isto levou Margaret Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido (de 1979 a 1990), a afirmar que "o problema com o comunismo é que um dia o dinheiro dos outros acaba." 

Todos os países que adotaram o comunismo se transformaram em ditaduras e levaram a economia à falência. A única exceção é a China que, embora ainda se declare comunista, fez a transição para outra prática, com um ambiente de mercado cada vez mais aberto, e que o Partido Comunista da China oficialmente descreve como "socialismo com características chinesas". Na verdade, as reformas impostas pelo governo chinês abandonou o sistema econômico socialista. A China adotou a sua atual constituição em 4 de dezembro de 1982. 

Veja, abaixo, a lista de países comunistas e daqueles que se autodenominam "Estados Socialistas do Século XXI".

O dogma básico da ideologia esquerdista é a luta de classes, entendida como o embate entre ricos e pobres, entre os “opressores” e os “oprimidos”, entre os “donos do capital” (ou capitalistas) e os trabalhadores. Segundo o intelectual francês Raymond Aron, esta "ilusão da onipotência" se tornou uma ideologia e, por isso, a chamou de "ópio dos intelectuais" (título de um de seus livros).

Luta de classes é a crença na existência de uma guerra entre os “fortes” e os “fracos” em todas as relações sociais. Toda a realidade seria determinado por esse embate. Todas as ações seriam motivadas pelos interesses desta ou daquela classe. Na luta contra os “poderosos” em favor dos “fracos”, valeria tudo, até mesmo mentir, roubar, desviar dinheiro público etc. Por exemplo, veja este relato:
http://almirquites.blogspot.com.br/2014/04/a-cartilha-comunista.html

No entanto, oficialmente a Igreja Católica não aceita a teoria da luta de classes. Vejam, por exemplo, o que diz o Papa João Paulo II sobre essa teoria: “A Igreja, encorajando a criação e a ação de associações — tais como os sindicatos — que lutam pela defesa dos interesses legítimos dos trabalhadores pela justiça social, nem por isso admite a teoria que vê na luta de classes o dinamismo estrutural da vida social. A ação que a Igreja preconiza não é a luta de uma classe contra outra para eliminar o adversário, nem provém da submissão aberrante a uma pretensa lei da história, mas se trata de uma luta nobre e ponderada, visando à justiça e à solidariedade sociais. Aliás, o fiel cristão sempre preferirá a via do diálogo e do acordo. Cristo nos deu o mandamento do amor aos inimigos (cf. Mt 5,44; Lc 6,27s 35). No espírito do Evangelho, a libertação é, portanto, incompatível com o ódio pelo outro, considerado individual ou coletivamente, inclusive o ódio ao inimigo.” [Instrução da Congregação da Doutrina da fé “Libertatis conscientia”, 22 mar. 1986 (Denzinger, n. 4773)]

Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista”, estabeleceu o Papa Pio XI, Encíclica Quadragésimo Ano. É inegável que a ideologia da luta de classes alimenta o ódio entre as pessoas e os grupos sociais. Quem adere ao esquerdismo adere a esse ódio, mesmo que nunca tenha ouvido falar do conceito de luta de classes, mesmo que o expresse como se fosse “amor pelos pobres” ou "ausência de amor pelos ricos" ou, como na Teologia da Libertação, uma “opção preferencial pelos pobres” ou ainda como "ódio aos opressores”. 

Embora a Igreja tenha posição oficialmente firmada sobre isso, há um pesado conflito interno. Muitos católicos afirmam que o Papa atual é comunista! Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio, o 266.º Papa da Igreja Católica) assume seu anticapitalismo, quando diz que o "capitalismo é uma ditadura sutil” e clama por uma mudança de “estruturas”. Assim ele se pronunciou: “Reconhecemos que este sistema impôs a lógica dos lucros a qualquer custo, sem pensar na exclusão social ou na destruição da natureza”, discursando a representantes de movimentos sociais de vários países, entre os quais o MST, sem-teto, indígenas e quilombolas brasileiros, durante o 2º Encontro Mundial de Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). “Digamos sem medo: queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema já não se aguenta, os camponeses, trabalhadores, as comunidades e os povos tampouco o aguentam. E tampouco o aguenta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia são Francisco”, completou o Papa. 

O Papa Francisco está em conflito com a sua Igreja?

Do alto de seu cargo na Igreja, o Papa se põe a dar opiniões sobre capitalismo! Nada mais impróprio e arriscado para quem detém o atributo da “infalibilidade papal”! Será que o Papa não sabe que os países socialistas sempre se transformam em ditaduras cruéis, poluem muito mais e geram mais pobreza? Se sabe, então mente, o que não se coaduna com os princípios declarados pela Igreja Católica. 
O Papa não é infalível! A infalibilidade é um dos dogmas da Igreja Católica. A teologia católica afirma que o Papa, quando delibera e define ​oficialmente algo em matéria de fé ou moral (os costumes), ​sempre está correto, porque o Papa receberia instruções sobre-natura​is, do Espírito Santo, ​"que nunca erra"! É impossível, para mim, crer nisso! O Papa erra como qualquer ser humano, por mais que esteja bem assessorado. A infalibilidade papal é invenção humana de conveniência. Simplesmente isto!

Voltando ao capitalismo... Se for eliminada a legitimidade dos bens privados e a irrestrita liberdade de comércio e indústria, com o principal objetivo de adquirir lucro, será aniquilada toda a motivação para o estudo sério, para o trabalho árduo, enfim para a criatividade, para a inovação. A sociedade será congelada, condenada a mesmice. É isto que tem ocorrido nas sociedades que caíram nesta armadilha ideológica.


Será que o Papa não sabe qual foi o resultado dos países que tentaram abolir o lucro, a competição e o direito de propriedade privada? Foi a miséria, a escravidão e o culto à personalidade. No livre mercado, o lucro é o legítimo preço de um serviço prestado numa transação voluntária, em que ambas as partes estão satisfeitas. É, portanto, fruto do bom atendimento à demanda dos consumidores. Isto não significa que não possa haver abusosexploração de uns por outros. A maximização dos lucros não deve ser obtida com mentiras, propaganda enganosa, com coerção etc., mas nenhum sistema econômico está imune a isso. Estes crimes, se houver, é que devem ser combatidos, não o capitalismoO capitalismo não é um regime político, mas um sistema econômico.

O lucro é vital. Nenhum ser vivo, seja uma bactéria, um ser humano, uma cidade, ou mesmo um Estado, incluindo o Vaticano, precisa captar mais energia do que consome para obtê-la. A diferença é o lucro. Se não o faz, perece! Eliminar o lucro é matar.

O Papa Francisco, um jesuíta, tem se revelado tão esquerdista quanto o Papa Paulo VI, antecessor de João Paulo II, que escreveu, na Encíclica Populorum Progressio, uma ode ao esquerdismo. 

Aqui no Brasil, vimos recentemente a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) defender os réus da Lava Jato e do Petrolão, numa demonstração de fanatismo político, que cega para a realidade. No texto, elaborado para informar aos bispos, vê-se a obstinada defesa dos réus dos processos do petrolão e da operação Lava Jato. Condenam o que chamam "politização do judiciário" e criticam a "condenação midiática". Falam em agressão aos princípios da "presunção de inocência" e do "devido processo legal". Renegam o instituto da delação premiada, como sendo objeto de "pressão sobre acusados", e falam em "rito sumário de condenação". Proclamam estar em curso uma ruptura de princípios jurídicos fundamentais: "Tais práticas, realizadas com os holofotes da grande mídia brasileira, transformam réus confessos em heróis". 

Só faltou dizerem que o juiz Sérgio Moro é quem deveria estar preso.  Está tudo aqui: http://www.cnbb.org.br/publicacoes-2/analise-de-conjuntura

Para finalizar, veja no seguinte vídeo o inusitado evento ocorrido na PUC de Goiás. É, no mínimo, divertido.


O CONFLITO

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Lista de Estados socialistas atuais

Os seguintes países são unipartidários, que seguem oficialmente a doutrina marxista-leninista.
  • República Popular da China República Popular da China (desde 1949); Partido Comunista da China. A partir de 1982 passou a adotar a economia de mercado, tendo assim, na prática, abandonado o sistema econômico socialista.
  • Cuba República de Cuba (Revolução Cubana em 1959, estado socialista declarado em 1961); Partido Comunista de Cuba.
  • Vietname República Socialista do Vietname (desde 1945 no Norte, desde 1976 após a unificação); Partido Comunista do Vietnã.
  • Laos República Democrática Popular de Laos; (desde 1975), Partido Popular Revolucionário do Laos.
  • Coreia do Norte República Democrática Popular da Coréia; (Partido dos Trabalhadores da Coréia).

Estados com governos socialistas

Além dos supracitados, há alguns estados pluripartidários que atualmente possuem partidos comunistas no poder. Tais países não são considerados estados comunistas porque os princípios do comunismo não estão inseridos nas suas Constituições nacionais.
  • Chipre Chipre (desde junho de 2001): Partido Progressista do Povo Trabalhador.
  • Nepal Nepal (desde maio de 2008): Partido Comunista do Nepal (Maoísta).

Lista de Estados com governos bolivarianistas

Bolivarianismo, pomposamente denominado como "Socialismo do Século XXI", é a ideologia que busca se impor com apoio nos escritos de Simón Bolívar, cuja origem é cópia e colagem dos princípios revolucionários de Jean-Jacques Rousseau e Karl Marx, reinterpretados por Hugo Chávez.  Se estivessem vivos, Bolívar, Rousseau e Marx não seriam bolivarianos. Em sua obra "Por que não sou um bolivariano" (no original, ¿Por qué no soy un bolivariano?), Caballero analisa os
"elementos do culto bolivariano que se constróem com mais facilidade na 'religião política' fascista... sob a dominação de um homem que se pretende o Profeta de Deus, único da religião oficial do país" [Caballero, Manuel: ¿Por qué no soy un bolivariano? Alfa Grupo Editorial. Pág 69.].

O único país bolivariano é a Venezuela, oficialmente denominada  República Bolivariana da Venezuela.

Além da Venezuela, há Estados cujos presidentes se declaram bolivarianos.  Estes são os presidentes da Bolívia, Evo Morales, do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua, Daniel Ortega


O maior Estado comunista da história

Bandeira da ex-URSS
O maior Estado comunista foi a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Foi um Estado socialista localizado na Eurásia que existiu entre 1922 e 1991. Era formada por várias repúblicas soviéticas subnacionais, governadas por um regime unipartidário altamente centralizado comandado pelo Partido Comunista. Sua capital era a cidade de Moscou.

Afundada em grave crise econômica, a URSS começou a sucumbir na noite de 9 de Novembro de 1989, quando o Muro de Berlim começou a ser derrubado depois de 28 anos de existência. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas,a população clamava por liberdade de ir e vir. Houve um enorme fluxo de refugiados para o Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl. 

No dia de natal de 1991, em cerimônia transmitida por satélite para o mundo inteiro, Gorbatchov, que estava há 6 anos no poder, declarou oficialmente o fim da URSSrenunciou a presidência do país e após isso, a bandeira com a foice e o martelo foi retirada do Kremlin e substituída pela bandeira russa. A União Soviética se dissolveu oficialmente em 31 de dezembro de 1991, após 69 anos de existência. A Federação Russa ficou conhecida como sua sucessora, pois ficou com mais da metade do antigo território soviético, além da maioria do seu parque industrial e militar.
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